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Acontece

Paulo Autran: E você, Clarice, acha que a vida é boa?
Clarice Lispector: É bom ser. Mas só isso.

Do livro “Clarice Lispector – Entrevistas”

cenas da década passada e uma foto que comprei nessa década

(mas oh, por que eu estou voltando ao passado,
acho que é só saudade de ver alguém dormindo quando o dia está amanhecendo)

tinha muita raiva dela.
ela era grande, pesada, preta e obsoleta.
não a entendia muito bem,
e ele a entendia, porque na verdade não era questão de entender,
era brincadeira do acaso,
e naquela época eu não sabia muito bem brincar com o acaso,
eu sabia brincar de dublar uma música cafona ao lado de uma menina loira e grisalha.

aliás, isso eu sei até hoje.

hoje
(exatamente hoje)
eu sei que na verdade minha esperança era ser uma smith de um mapplethorpe
mas eu só chegava a no máximo uma fernanda abreu mal sucedida
e mapplethorpe
– que eu sempre falo mappletorphe não sei o porquê –
não era dos acasos,
pelo contrário.

e depois eu vi galinhas sendo criadas no quintal da frente daquele lugar outrora tão charmoso mesmo mofado,
tão charmoso misterioso,
tão estranhamente cruelmente próximo de alguns anos da minha vida e,
bem,
galinhas,
engordei,
quis ser hippie,
e depois mas antes disso eu mesmo quis ser mapplethorpe
e depois ele teve o seu mapplethorpe momentâneo
que estava mais pra goldin mas também já tinha um mapplethorpe dentro de si
e bem depois eu quis ser,
quase exatamente nessa ordem,
abreu (o escritor, não a cantora)
hilst
denser
hall
singer (o judeu, não a profissão)
– lispector não, nunca quis ser lispector, nunca tive alma de dona de casa –
masina (quis um pouco, não quis muito)

enfim quis ser muita coisa
até que lembrei que eu podia ser eu mesmo e a década acabou,
o grande dragão dourado não arrancou a cabeça de ninguém,
não morri de catapora morando sozinho,
não vi um ET,
viva drew barrymore
que viu o ET e hoje faz comédias românticas.

Fim da década passada.
Veja bem, esse texto não fala de amor, esse texto fala de arte.
Nessa década, comprei uma foto daquele lugar feita por Goldin,
ela tem um colchão e o sol bate no colchão.
Ninguém dorme no colchão.
Custou R$ 1.
Fim.

Obs.: vou escrever o nome do Ricardo aqui depois do fim porque caso contrário ele se sentiria muito triste se um texto meu sobre o sobrado não incluísse seu nome. Ricardo Domeneck. Pronto, agora inclui.

berziníguia

O que eu sinto não dá pra falar direito. Não é exagero. Porque é só meu. Não sei dizer o que é nas palavras que já existem porque é outra coisa, que estou sentindo pela primeira vez e que ninguém nunca sentiu antes.

Cada coisa que cada um sente é a primeira vez que aparece.

Posso dizer que não é tristeza. Não é raiva. Não é felicidade, nem alívio. Tem um pouco de melancolia, talvez, e uma pitada de tédio. Lá dentro existem grandes espaços vazios, cansaços e um sentimento alerta, que não é um grito, mas uma sobrancelha levemente levantada e um olhar um pouco arregalado.

Berziníguia.

Tô sentindo berziníguia. Não sabia que palavra usar, então inventei uma.

Mas amanhã já vai ser outra coisa, e vou ter que inventar outro nome. Berziníguia nasceu hoje e morre hoje.

Aceita vinho tinto?

Amadurecer?

Não, não é verdade que a gente amadurece.
O que acontece é que quanto mais velho, mais você liga o foda-se, portanto mais você está apto a falar verdades e ter ações que realmente resultam em consequências.
E assumir consequência também fica mais fácil com o tempo. Você vai pegando gosto. Vai percebendo que não é um bicho de sete cabeças.

Pra mim, sempre foi muito fácil falar o que eu realmente sinto e penso. Na maioria das vezes acabo me fodendo, mas acredito ser melhor assim anyway. Todo mundo sempre me achou muito maduro por dizer coisas e assumir certos riscos teoricamente calculados (bem na teoria). No fundo, todo mundo está errado: não sou maduro. Eu simplesmente sou o que os outros chamam de sem noção e o que eu chamo de coerente, do bem, verdadeiro ou seja lá o que for.

Por isso eu fico meio chocado quando as pessoas parecem ter algo a esconder. É muito estranho.

EXEMPLIFICANDO

Tipo, é surreal para alguém uma conversa assim:
A: Então, na verdade eu fiquei com você naquela noite mas eu tô sussa, foi só uma noite mesmo.
B: Ah, que pena, eu poderia namorar você.
A: Puxa. Sinto muito.
B: OK. Só deixa eu apagar seu número da minha agenda de celular… hum… pronto.
A: OK! Posso te fazer uma pergunta?
B: Hum, acho que sim.
A: Eu posso te cumprimentar… assim… quando te encontrar?
B: Claro! Mas, ó, por favor, não fica com nenhum amigo meu, tá? Eu não vou gostar.
A: Tudo bem, claro!

Pra mim essa conversa seria OK. Não é a coisa mais divertida do mundo, mas pelo menos as coisas não ficam pela metade, não se geram ruídos, fica tudo bem. Óbvio que isso também conta pro “Nossa, tô adorando você” / “Eu também!” / “Poxa, que legal, vamos tomar um sorvete?” / “Sim!”

Mas aí o que acontece no lugar disso? Olhares mal-entendidos, frases difusas, passos confusos. Tsc tsc.

Mundo: vocês têm muito a aprender com os capricornianos. Porque no fundo, é simples, eu juro.

And again:
“Oh, não se assuste muito! às vezes a gente mata por amor, mas juro que um dia a gente esquece, juro! a gente não ama bem, ouça (…)” – A legião estrangeira, de Clarice Lispector

Eu não juro que a gente esquece, não. Mas é verdade que a gente esmaga de amor. Morde. Arranha. Arranca pedaço. Os Beatles sofriam com as jujubas das fãs. Drive my teeth across your chest to taste your beating heart, Florence + the Machine, Howl. Happiness is a warm gun. Beware.

Pow.

E o figurino está pronto!

(ou praticamente pronto – só falta a barra!)

Fazer figurino de teatro é difícil. Esse foi um pouco mais complicado, porque tinha um pouco de dinheiro e as meninas optaram por produzir mesmo. Imagina: eu, jornalista, desenhando roupinha? Bom, aos trancos e barrancos e com a ajuda abençoada da Monayna e do Mario na produção (Casa de Quem crew!), o lance rolou bem e eu fiquei bem feliz com o resultado!
É engraçado fazer figurino porque você não pode pensar só na montação, ainda mais nas peças com a Verô na direção, que geralmente tem muito movimento. Funcionabilidade total. E o pior é que eu queria dois macacões – e macacão, meu bem, é a peça mais complicada que tem. Se o cavalo está muito pra baixo, fica feio quando a pessoa levanta a perna; se o cavalo está muito justo, pode rasgar quando a pessoa fica de cócoras. Um drama. ENFIM, eu acho que ficou bem bonito, bem o que eu queria, diferente e ao mesmo tempo afastado da ideia de mulherzinha que uma peça de Clarice Lispector pode sugerir. Não tem rosa, não tem saia, não tem vestido, não tem babado, e ao mesmo tempo tem uma feminilidade e é divertido sem ser lúdico demais.

Mas vocês que me dizem, né? Corre pra comprar porque vai acabar rápido: são poucos lugares, já que a peça só comporta uns 20, 25 espectadores por apresentação!

ESQUISITO É VOCÊ!

Abri essa cerveja que está agora nas minhas mãos mas não é para relaxar, não é para me perder, é para esquecer, mesmo.

ESQUISITA É VOCÊ!
ESQUISITO É VOCÊ!
ESQUISITO É VOCÊ!
ESQUISITO!
ESQUISITA!
ES-QUI-SI-TÁ!

Da incompreensão pelas pessoas que fazem mal para quem eu gosto, passei para o ódio. Tive que ficar um tempo num banco da Praça Buenos Aires fumando um cigarro para tentar refletir qual seria a melhor solução – deveria matá-los? Deveriam esses seres que criam intriga, roubam, praticam o maldizer, simplesmente passar impunes pela face da terra?
Tem gente chorando por causa desses canalhas. Chorando. Derramando lágrimas.

“Oh, não se assuste muito! às vezes a gente mata por amor, mas juro que um dia a gente esquece, juro! a gente não ama bem, ouça (…)” – A legião estrangeira, de Clarice Lispector

Saí da praça entendendo menos, sem solução nenhuma, mas com alguns pequenos diamantes – dos valiosos mesmo, e não desses de pendurar e ostentar. Estou percebendo cada vez mais que o dinheiro é venenoso – receba-o em pequenas doses, somente o necessário, venenos são necessários, sabia? – e que o meu figurino da peça
ah, sim
ele é
uma homenagem
e eu nem tinha percebido.

Aos que não tem absolutamente nada a ver com isso – ou seja, quase que absolutamente todos os leitores desse humilde blog – sorry, I think I just pucked a little in my mouth.
Esquisitos somos nós, são eles. ESQUISITO É VOCÊ, ESQUISITO É VOCÊ, ESQUISI-TÔ! ESQUISI-TÁ!

“Eu que não lembrara de lhe avisar que sem o medo havia o mundo.” – idem

Não conte para ninguém

Dois telefonemas nessa semana me fizeram virar de cabeça para baixo. Se me encontrar na rua e me ver completamente emburrado, não se iluda, não é pessoal – eu estou PENSANDO, e quando penso pareço emburrado.

Bom, eu posso contar sobre um dos telefonemas.
Mas como eu não gosto da linearidade na era do pós-dramático (sou very in, honey), vou de fragmento.

Eu e Verônica, uma garrafa de vinho, pães, patês e azeitonas.
– Eu preciso de um grupo técnico.
– A gente precisa… pendurar coisas! A gente precisa… que cada coisa pendurada tenha sua função!
Nada de intenções, a gente quer ações entre amigos.
– Eu quero… friccionar essa garrafa nessa bolsa para ver no que dá!
Para ver se… faz barulho. Simples.
Fricções.

Peça de Clarice Lispector? Eu só sei o que o figurino NÃO deve ser.
Fora saia, fora vestido, fora babadinho, fora estampa de bolinha.
EU QUERO CALÇA. Cruzes. Só vale ser mulherzinha se for intencional e existir ironia por trás.

A grande lista dos livros que o Jorge ainda quer

Ela fica aqui, guardadinha, e caso você, caro leitor, seja generoso o bastante, PODE ME DAR UM PRESENTE. HAHAHAHA

À meia luz – cinema e sexualidade nos anos 70 – Paulo Menezes – Editora 34 (R$ 28,50 na Arte Pau Brasil)
Alhos e safiras: a vida secreta de uma crítica de gastronomia – Ruth Reichl – Ed. Objetiva (R$ 36,58 na Cia dos Livros)
Amor, poesia, sabedoria – Edgar Morin – Bertrand Brasil (R$ 16,10 na FNAC)
O anti-semitismo na Era Vargas: fantasmas de uma geração (1930 – 1945) – Maria Luiza Tucci Carneiro – Ed. Perspectiva (R$ 51,35 na Cia dos Livros)
Antologia – Adília Lopes – CosacNaify / 7Letras (R$ 28 no Submarino)
Atrás das linhas inimigas do meu amor – Leonard Cohen – 7Letras (R$ 33 na Saraiva)
Balzac e a costureirinha chinesa – Dai Sijie – Alfaguara Objetiva (R$ 20,30 na FNAC)
Bastidores de Hollywood: a influência exercida por gays e lésbicas no cinema 1940-1969 – William J. Mann (R$ 40,80 na Livraria Melhoramentos)
“Beat” Takeshi Kitano – Takeshi Kitano – Tadao Press (US$ 25,74 na Amazon)
Beat Takeshi vs Takeshi Kitano – Casio Abe, Saisuke Miyao e Takeshi Kitano – Muae Publishing (US$ 19,86 na Amazon)
As benevolentes – Jonathan Littell – Alfaguara Objetiva (R$ 55,90 na FNAC)
A bomba informática – Paul Virilio – Estação Liberdade (R$ 28,40 na Livraria Galileu)
Born to be gay: história da homossexualidade – William Naphy – Edições 70 (R$ 81 no Submarino)
Boy – Takeshi Kitano – Vertical (US$ 13,46 na Amazon)
O Brasil na moda – Paulo Borges, Giovanni Bianco, João Carrascosa – Caras (R$ 99 na FNAC)
Caçando carneiros – Haruki Murakami – Estação Liberdade (R$ 36 na Cia dos Livros)
Caminhos da China – John Pomfret – Ed. Landscape (R$ 35,92 na Laselva)
Cassandra – Christa Wolf – Estação Liberdade (R$ 34,40 na Cia dos Livros)
As cidades invisíveis – Ítalo Calvino – Cia das Letras (R$ 25,60 na Livraria Melhoramentos)
O cinema americano dos anos 30 – Oliver Rene Veillon – Ed. Martins Fontes (R$ 31,05 na Arte Pau Brasil)
O cinema americano dos anos 50 – Oliver Rene Veillon – Ed. Martins Fontes (R$ 28,98 na Maremoto)
O cinema segundo François Truffaut – François Truffaut – Ed. Nova Fronteira (R$ 40,18 na Livraria Melhoramentos)
Clarice Lispector com a ponta dos dedos – Vilma Areas – Cia das Letras (R$ 26,90 na FNAC)
Cleópatra: histórias, sonhos e distorções – Lucy Hughes-Hallett – Ed. Record (R$ 42,70 na FNAC)
Cobras e lagartos – Josmar Jozino – Ed. Objetiva (R$ 35,92 no Submarino)
Cock & Bull: histórias para boi dormir – Will Self – Geração Editorial (R$ 9,90 na Saraiva)
Como vivem os mortos – Will Self – Alfaguara Objetiva (R$ 37,36 na Cia dos Livros)
Como viver junto – Roland Barthes – Ed. Martins Fontes (R$ 37,50 na FNAC)
Conclave – Roberto Pazzi – Alfaguara Objetiva (R$ 31,12 na Cia dos Livros)
Correio do tempo – Mario Benedetti – Alfaguara Objetiva (R$ 20,80 na Saraiva)
O crisântemo e a espada: padrões da cultura japonesa – Ruth Benedict – Ed. Perspectiva (R$ 18,35 na Cia dos Livros)
De Berlim a Jerusalém: recordações da juventude – Gershom Sholem – Ed. Perspectiva (R$ 20,80 na Livraria Martins Fontes)
O desafio do Islã e outros desafios – Roberto Romano – Ed. Perspectiva (R$ 36,34 na Cia dos Livros)
Os deuses da Grécia – Walter Friedrich Otto – Ed. Odysseus (R$ 25,44 na Cia dos Livros)
Diabo guardião – Xavier Velasco – Alfaguara Objetiva (R$ 41,90 na FNAC)
Ditos e escritos, volume V: ética, sexualidade, política – Michel Foucault – Ed. Forense Universitária (R$ 59,25 na Cia dos Livros)
Do amor – Stendhal – L&PM (R$ 12,60 na FNAC)
Doença como metáfora; AIDS e suas metáforas – Susan Sontag – Cia das Letras (R$ 12,90 na FNAC)
Dom Sebastião no Brasil: fatos da cultura e da comunicação em tempo-espaço – Marcio Onório de Godoy – Ed. Perspectiva (R$ 19,75 na Cia dos Livros)
Dorival Caymmi: o mar e o tempo – Stella Caymmi – Ed. 34 (R$ 61,50 na Cia dos Livros)
As egípcias: retratos de mulheres do Egito – Christian Jacq – Ed. Bertrand Brasil (R$ 34,30 na FNAC)
Egito dos Faraós – Airton Ortiz – Ed. Record (R$ 28,44 na Cia dos Livros)
Em busca do Egito esquecido – Jea Vercoutter – Ed. Objetiva (R$ 28,08 na Cia dos Livros)
Enciclopédia do Cinema Brasileiro – Ramos, Miranda – Senac SP (R$ 96,75 na Academia do Livro)
A Era Chanel – Edmonde Charles-Roux – CosacNaify (R$ 89,40 na Cia dos Livros)
Erec e Enide – Manuel Vazquez Montalban – Alfaguara Objetiva (R$ 25,10 na FNAC)
A estrada – Cormac McCarthy – Alfaguara Objetiva (R$ 23,10 na Cia dos Livros)
As estrelas – mito e sedução no cinema – Edgar Morin – Ed. José Olympio (R$ 15,20 na Academia do Livro)
Eu e tu – Martin Buber – Ed. Centauro (R$ 31,60 na Cia dos Livros)
Eu; Fellini – Charlote Chandler – Ed. Record (R$ 54,90 na Saraiva)
Eu não sou cachorro, não – Paulo César de Araújo – Ed. Record / RCB (R$ 38,18 na Arte Pau Brasil)
Eu te darei o céu e outras promessas dos anos 60 – Ivana Arruda Leite – Ed. 34 (R$ 20,50 na Melhoramentos)
Fashion cultures: theories, explorations and analysis – Stella Bruzzi e Pamela Church Gibson – Routledge (US$ 34,40 na Amazon)
Fashion-ology: and introduction to fashion studies – Yuniya Kawamura – Berg Publishers (US$ 24,95 na Amazon)
Fazer um filme – Federico Fellini – Civilização Brasileira (R$ 32,39 na Cia dos Livros)
Fetiche – Valerie Steele – Ed. Rocco (R$ 45,03 na Cia dos Livros)
Filho da revolução: minha infância na Cuba de Fidel Castro – Luis Manuel Garcia – Ed. Landscape (R$ 27,22 na Cia dos Livros)
François Truffaut: uma biografia – Serge Toubiana e Antoine de Baecque – Ed. Record (R$ 62,41 na Cia dos Livros)
Frescos trópicos: fontes sobre homossexualidade masculina no Brasil – James N. Green e Ronald Polito – Ed. José Olympio (R$ 18,90 na FNAC)
Gente de cinema: Woody Allen – Neusa Barbosa – Ed. Papagaio (R$ 24 na Cia dos Livros)
Os grandes símios – Will Self – Alfaguara Objetiva (R$ 46,72 na Cia dos Livros)
Granta em português: os melhores jovens escritores norte-americanos – vários – Alfaguara Objetiva (R$ 31,10 na Cia dos Livros)
Gueixa – Liza Dalby – Ed. Objetiva (R$ 32,80 na FNAC)
História da alimentação – Jean-Louis Flandrin e Massimo Montanari – Estação Liberdade (R$ 110 no Submarino)
A história da alimentação no Brasil – Luis da Câmara Cascudo – Ed. Global (R$ 78,90 na Saraiva)
História da Grécia 1: Antiguidade Clássica – Mario Giordani – Ed. Vozes (R$ 57,10 na FNAC)
História da loucura – Michel Foucault – Ed. Perspectiva (R$ 29,90 na Cia dos Livros)
A história de nossos gestos – Luis da Câmara Cascudo – Ed. Global (R$ 36,57 na Cia dos Livros)
A história maravilhosa dos Maias – Affonso Varzea – Ed. Nacional (R$ 22,90 na Saraiva)
História sexual da MPB – Rodrigo Faour – Ed. Record (R$ 49,40 na FNAC)
Hitchcock por Hitchcock – Sydnei Gottlieb – Ed. Imago (R$ 53,38 na Cia dos Livros)
Hollywood 1936 – Blaise Cendrars – Ed. Brasiliense (R$ 19,33 na Cia dos Livros)
Holocausto: uma história – Debórah Dwork e Robert Jan van Pelt – Ed. Imago (R$ 58,22 na Livraria Melhoramentos)
A homossexualidade na Grécia Antiga – Kenneth J. Dover – Ed. Nova Alexandria (R$ 45,50 na FNAC)
Homossexualidade: uma história – Collin Spencer – Ed. Record (R$ 61 na FNAC)
Howard Hughes em Hollywood – Tony Thomas – Ed. Frente (R$ 24,19 na Livraria Melhoramentos)
Ilusões perdidas – Balzac – Cia das Letras (R$ 18,17 na Cia dos Livros)
Os Incas 1: a princesa do sol – Antoine B. Daniel – Ed. Objetiva (R$ 31,40 na FNAC)
Os Incas 2: o ouro de Cuzco – Antoine B. Daniel – Ed. Objetiva (R$ 32,10 na FNAC)
Incidentes – Roland Barthes – Ed. Martins Fontes (R$ 23,63 na Arte Pau Brasil)
The japanese revolution in Paris fashion – Yuniya Kawamura – Berg Publishers (US$ 29,95 na Amazon)
Jesus – Juanribe Pagliarin – Ed. Landscape (R$ 18,72 na Cia dos Livros)
Jules e Jim: o roteiro, o romance – Henri-Pierre Roche e François Truffaut – Ed. Jorge Zahar (R$ 36,19 na Artepaubrasil)
Kafka à beira mar – Haruki Murakami – Alfaguara Objetiva (R$ 43,90 na FNAC)
O livro dos seres imaginários – Jorge Luis Borges – Ed. Globo (R$ 22,80 na Cia dos Livros)
Lógica do sentido – Gilles Deleuze – Ed. Perspectiva (R$ 24,15 na Cia dos Livros)
Manicômios, prisões e conventos – Erving Goffman – Ed. Perspectiva (R$ 26,66 na BestBooks)
Marilyn: as últimas sessões – Michel Schneider – Alfaguara Objetiva (R$ 42,90 na Saraiva)
Mario Reis – o fino do samba – Luis Antonio Giron – Ed. 34 (R$ 30,34 na Melhoramentos)
Medeamaterial e outros textos – Heiner Muller – Ed. Paz e Terra (R$ 26,86 na Cia dos Livros)
Mefistófoles e o andrógino – Mircea Eliade – Ed. Martins Fontes (R$ 30,29 na Cia dos Livros)
Minha idéia de diversão: um romance profilático – Will Self – Geração Editorial (R$ 25,50 na Artepaubrasil)
O mito – K. K. Ruthven – Ed. Perspectiva (R$ 20,54 na Cia dos Livros)
Mito e realidade – Mircea Eliade – Ed. Perspectiva (R$ 19 na Cia dos Livros)
Mitologias – Roland Barthes – Bertrand do Brasil (R$ 25,20 na Arte Pau Brasil)
A moda como ela é – Márcia Disitzer e Silvia Vieira – Senac RJ (R$ 36,30 na FNAC)
Moda contemporânea: quatro ou cinco conexões possíveis – Cristiane Mesquita – Anhembi Morumbi (R$ 15,40 na FNAC)
A morte da tragédia – George Steiner – Ed. Perspectiva (R$ 35,55 na Cia dos Livros)
Mouros, franceses e judeus: três presenças no Brasil – Luis da Câmara Cascudo – Ed. Perspectiva (R$ 15,80 na Cia dos Livros)
Mundo, homem, arte em crise – Mario Pedrosa – Ed. Perspectiva (R$ 20 na Saraiva)
Música para camaleões – Truman Capote – Cia das Letras (R$ 36,19 na Artepaubrasil)
Nefertite: amor, poder e traição no Antigo Egito – Jacqueline Dauxois – Geração Editorial (R$ 29, 93 na Artepaubrasil)
Nenhuma paixão desperdiçada – George Steiner – Ed. Record (R$ 38,71 na Cia dos Livros)
Ninguém é perfeito: Billy Wilder, uma biografia pessoal – Charlotte Chandler – Ed. Landscape (R$ 9,90 na Cia dos Livros)
O que a Bíblia realmente diz sobre a homossexualidade – Daniel Helminiak – Ed. GLS (R$ 23,07 na Cia dos Livros)
Onde andará Dulce Veiga? – Caio Fernando Abreu – Ed. AGIR (R$ 27,93 na Academia do Livro)
A outra face de Hollywood: filme B – A. C. Gomes de Mattos – Ed. Rocco (R$ 22,12 na Cia dos Livros)
Panamérica – José Agrippino de Paula – Ed. Papagaio (R$ 20 na Cia dos Livros)
Para compreender o Islã – Frithjof Schuon – Ed. Best Seller (R$ 23,62 na Cia dos Livros)
Para uma crítica do presente – Irene Cardoso – Ed. 34 (R$ 28,50 na Arte Pau Brasil)
Paris Fashion: a cultural history – Valerie Steele – Berg Publishers (US$ 22,85, usado, na Amazon)
Pessach: a travessia – Carlos Heitor Cony – Cia das Letras (R$ 16 na Livraria Martins Fontes)
Os piratas mais perversos da história – Shelley Klein – Ed. Planeta (R$ 27,90 na FNAC)
Popul Vuh: o livro das criações dos Maias – Luiz Galdino – Ed. Cortez (R$ 20,41 na Cia dos Livros)
O prazer dos olhos: textos sobre o cinema – François Truffaut – Ed. Jorge Zahar (R$ 33,88 na Artepaubrasil)
Primeiro amor – Samuel Beckett – CosacNaify (R$ 22,40 na FNAC)
Produção estética: notas sobre roupas, sujeitos e modos de vida – Rosane Preciosa – Anhembi Morumbi (R$ 16,60 na Cia dos Livros)
Quant by Quant – Mary Quant – Ballantine Mod Books (US$ 54,73, usado, na Amazon)
Quarteto – Manuel Vazquez Montalban – Ed. Objetiva (R$ 18,10 na FNAC)
Questão de ênfase – Susan Sontag – Cia das Letras (R$ 39,90 na FNAC)
As religiões do Antigo Egito: deuses, mitos e rituais domésticos – Byron E. Shafer (R$ 35,02 na Cia dos Livros)
Retórica das paixões – Aristóteles – Ed. Martins Fontes (R$ 20,50 na FNAC)
Rilke Shake – Angélica Freitas – CosacNaify / 7Letras (R$ 18,20 na FNAC)
Rosario Tijeras – Jorge Franco – Alfaguara Objetiva (R$ 20,20 na FNAC)
A roupa e a moda – uma história concisa – James Laver – Cia das Letras (R$ 46,90 na FNAC)
A saga dos cristãos novos – Joseph Eskenazi Pernidji – Ed. Imago (R$ 32,97 na Cia dos Livros)
Sentido das raças – Frithjof Schuon – Ed. Ibrasa (R$ 20,50 na Cia dos Livros)
Sobre comunidade – Martin Buber – Ed. Perspectiva (R$ 20 na Livraria Cultura)
A sucessão no Vaticano: os bastidores da morte de João Paulo II e a eleição de Bento XVI – Wellington Miareli Mesquita – Ed. Landscape (R$ 18,72 na Cia dos Livros)
Superstição no Brasil – Luis da Câmara Cascudo – Ed. Global (R$ 49,29 na Cia dos Livros)
Teatro completo – Qorpo Santo – Ed. Iluminuras (R$ 41,87 na Cia dos Livros)
Trata-me Leão – Hamilton Vaz Pereira – Ed. Objetiva (R$ 25,80 na FNAC)
Travessia de verão – Truman Capote – Alfaguara Objetiva (R$ 22,30 na FNAC)
O tupi e o alaúde – uma interpretação de Macunaíma – Gilda de Mello e Souza – Ed. 34 (R$ 18,04 na Melhoramentos)
Tutancâmon – Andrew Collins e Chris Ogilvie-Herald – Ed. Landscape (R$ 38,22 na Cia dos Livros)
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres – Clarice Lispector – Ed. Rocco (R$ 20 na Livraria Galileu)
Unissexo: a dessexualização na vida americana – Charles E. Winick – Ed. Perspectiva (R$ 17,38 na Cia dos Livros)
O veneno da serpente – Maria Luiza Tucci Carneiro – Ed. Perspectiva (R$ 19,75 na Cia dos Livros)
A verdade sobre os Incas – Roselis Von Sass – Ed. Ordem do Graal na Terra (R$ 29 na Livraria Cultura)
Vestindo os nus: o figurino em cena – Rosane Muniz – Senac RJ (R$ 34,30 na FNAC)
Vítimas da moda? Como a criamos, por que a seguimos – Guillaume Erner – Senac SP (R$ 29,40 na FNAC)
Vivienne Westwood – Claire Wilcox – Harry n Abrams (R$ 87,50 na Livraria Cultura)
Vivienne Westwood Biography – Jane Mulvagh – HarperCollins UK (R$ 112,14 na Livraria Cultura)
X da Questão: o sujeito à flor da pele – Edgar Morin – ArtMed (R$ 33,18 na Cia dos Livros)

Rio depois de três dias

Por enquanto: Gisele é linda e a Colcci, bem… eu não gosto muito. O desfile demorou horrores para começar e, juro, enquanto não rolava eu fiquei lendo CLARICE LISPECTOR.

Os meus sobrinhos gêmeos estão fofos: o japa é um capeta e o loiro segue no ritmo baiano (sim, eles são gêmeos, um é japa, outro é loiro, enfim, não me peçam para explicar, eu sou péssimo em biologia).

Já fui enganado por um taxista.

Fiz críticas da DTA, Homem de Barro e Caroline Rossato.

Fui no Museu Histórico Nacional e vi um quadro supercinematográfico gigante chamado Batalha Naval do Riachuelo. Tem até uma miniarquibancada para sentar e ficar olhando o quadro, que ocupa uma parede enorme. Mas o que mais gostei de lá foi mesmo o vestido que já pertenceu a Maria Bonita, mulher de Lampião.

Fui comer no Bibi Sucos de Copa e lembrei de Broonha. Ainda não fui no Fornalha – nem pretendo.

Em uma entrevista

Clarice Lispector: Você já sofreu muito por amor?
Pablo Neruda: Estou disposto a sofrer mais.

Foi a Deborah que me disse.
Eu não estou exatamente disposto a sofrer mais… mas… estamos aí, né, pessoal.